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CRÉDITO IMOBILIÁRIO
08
Abr
2025
Setor de loteamentos fatura R$ 3 bilhões e avança 20% em Minas Gerais (Diário do Comércio)

Setor de loteamentos fatura R$ 3 bilhões e avança 20% em Minas Gerais (Diário do Comércio)

Com a alta demanda e a crescente valorização, o setor de loteamentos segue aquecido em Minas Gerais. Em 2024, o segmento imobiliário alcançou R$ 3 bilhões em Valor Geral de Vendas (VGV) no Estado, um crescimento de 20% na comparação com o ano anterior, conforme aponta o estudo de mercado encomendado pela Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento Urbano de Minas Gerais (Aelo-MG).

Ao todo, foram lançadas 9.943 unidades entre janeiro e dezembro em Minas Gerais ? número inferior ao registrado em 2023, quando chegou a 11.165 no ano. A retração pode ser explicada pela falta de estoque no mercado, que hoje é estimada em oito meses: seis meses abaixo dos 14 meses ideais.

O presidente da Aelo-MG e vice-presidente de Loteamentos do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Flávio Guerra, destaca que, apesar da retração em lançamentos, a categoria encerrou 2024 com vendas pujantes, especialmente dos estoques, em um mercado cada vez mais favorável no Estado. Apenas no último trimestre do ano passado, as vendas de lotes cresceram 54%, com movimentação estimada de R$ 748 milhões.

Dentre as 300 cidades analisadas, o dirigente cita Betim e Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), além de Pouso Alegre, no Sul de Minas Gerais, como principais destaques a nível estadual. "Eu vejo que a população está entendendo a importância e os benefícios de investir em terras e o mercado mineiro segue demonstrando resiliência e capacidade de adaptação com a venda desses estoques", pontua.

Burocracia e financiamentos estão entre principais barreiras de entrada do setor

A retração no número de lançamentos é apontada como um dos principais entraves do setor de loteamentos para alcançar resultados ainda mais expressivos. Segundo Guerra, a margem reduzida de estoque pode resultar na falta de lotes, e consequentemente, no aumento do preço em diversas regiões do Estado.

Atualmente, o preço médio de um lote em condomínio fechado em Minas Gerais ultrapassou R$ 361,7 mil e em bairros abertos R$ 160 mil. Esse cenário pode ser explicado por fatores como a complexidade de aprovação e licenciamento de empreendimentos horizontais, além da falta de funding para produção de novos loteamentos. "Precisamos de linhas específicas de financiamento para obras, o que ajudaria loteadoras a aumentarem o volume", destaca o dirigente.

Com relação ao atual cenário econômico, apesar dos desafios, a tendência é que o setor seja o menos impactado do mercado imobiliário com a alta na taxa de juros. Para o dirigente, por trabalharem com contratos de juros fixos definidos no momento da assinatura, o valor das parcelas não sofre reajuste por variações de juros, o que reduz o impacto direto das políticas monetárias sobre esse tipo de financiamento.

Expectativa é manter bons resultados em 2025

Os bons resultados no ano passado, em especial no último trimestre, levam otimismo para o setor de loteamentos com relação a 2025. Para Guerra, a alta demanda observada projeta que o segmento será um dos principais do mercado imobiliário a avançar nos próximos meses.

A expectativa, segundo ele, é de avanços de pelo menos 10% neste ano, embalados pela valorização crescente dos loteamentos fechados e a expansão contínua dos produtos horizontais.

"O expressivo aumento nas vendas de 2024 reforça o apetite dos consumidores pelo mercado de loteamentos, especialmente em um cenário de readequação dos estoques e ajustes na precificação. O crescimento do VGV também demonstra que o setor segue resiliente e com boas perspectivas para 2025", conclui.

FONTE: DIÁRIO DO COMÉRCIO
FONTE: DIÁRIO DO COMÉCIO

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